sexta-feira, 1 de maio de 2009

Síndrome de Maysa, as virgens suicídas II [2]

Na minha tentativa de fazer um post pequeno e de jogar minhas lamurias em algum lugar, resolvi escrever isso. Porém se alguém quiser ter um apanhado geral, olha o blog de Vanny que entenderá muito melhor do que estarei falando.
O vazio existencial preenche minha vida, não é sempre, mas é cíclico.
Quando estou dominada pelo tédio, carente de atenção e simplesmente sem nenhuma preocupação, além da dor do meu egocentrismo fico deprimida. Então, encontro mais duas garotas na mesma situação que a minha, o que fazemos? Nos juntamos em cinco horas para lamentar as nossas vidas e nos sentirmos incompreendidas. E secretamente encontro o túmulo perfeito e poético, a politécnica. Afinal, suicídio de artista tem que ser poético. Ainda mais que o caixão seria branco.
O estranho é: encontrar pessoas com a mesma dor que a sua, lhe dá alguma satisfação. Mesmo momentânea. Lamentar não ter nascido nos séculos XVIII e XIX para viver um romance de perfumaria ou de namorar para segurar a mão do amado para subir no ônibus quase perdido, faz perceber que ainda existem pessoas pesando igual. E em um milésimo de segundo sorri da minha tristeza para então, sofrer do meu riso.
Talvez isso não signifique nada. Como minha melhor amiga diz: "Parece que você gosta da depressão. Você gosta de um drama."
Se eu realmente gosto de um drama, só prova que sou estúpida. Quem provocaria o próprio sofrimento? Por isso eu digo, tenho síndrome de Maysa: quando está tudo bem, eu mesma me saboto.



Meu mundo caiu. E me fez ficar assim. (Meu mundo caiu - Maysa)

Um comentário:

  1. Meu mundo tá caindo também, queda livre, trabalho da força peso.
    Mas nós vamos levantá-lo Gabí, juntas!
    Amanhã será bem melhor que hoje. Ou pior, vá lá saber? Tudo sempre pode piorar!

    Enfim.
    "Se meu mundo caiu, eu que aprenda a levantar!"

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