sexta-feira, 22 de maio de 2009

Destino de Princesa


Nossa Princesa estava apaixonada. Como toda e qualquer princesa deveria estar: os olhos cheios de brilho, respingando amor. Ela não era loira, não era rica e nem tinha a voz mais bela, sua aparência era bem comum. Ainda sim, era uma garota boa, daquelas para namorar. No entanto, naquele momento ela era a mais bela, resplandecente. Havia conhecido seu Príncipe à uma semana, os sete dias mais felizes de sua vida e no meio desses dias, descobriu que o amava com todas as batidas aceleradas de seu coração. Meio precipitada, talvez, não queria mais apenas a amizade do Príncipe e resolveu expressar a ele seus sentimentos. Sonhava em ser correspondida. Pena que o tempo não era o certo.
A Princesa não tinha sorte.


Nosso Príncipe havia passado uma semana em puro sofrimento antes de encontrar a Princesa. Ao contrário do normal, estava apaixonado pela Bruxa, mas seus sentimentos haviam sido rejeitados. Com o coração partido em mil fragmentos, passou uma semana inteira desejando ser amado, que alguém sentisse sua dor e o compreendesse. Era uma melancolia só. Então ele conheceu a Princesa. Destino? Acho que não. Nesse mesmo dia, a Bruxa resolveu voltar atrás e aceitou seus sentimentos. Conhecidencia? Muitos dizem que não. Uma semana depois, a Princesa pronunciou um efervescente "Eu te amo". O Príncipe a olhou triste, se tivesse sido uma semana antes, se o tempo estivesse certo.
A Princesa não tinha sorte.


No fim, a Princesa derrama rios de lágrimas. Não queria ser apenas amiga do Príncipe, mas não podia ser mais que isso. Soluçava de raiva. Na realidade não existia o justo "e viveram felizes para sempre"? O Príncipe não deveria ficar com a Princesa? Aparentemente, não.
A Princesa não acreditava mais em destino.



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