domingo, 17 de maio de 2009

Lembrança de Verão

O verão sempre fora sua estação favorita, pensar na forma com o infinito mar azul correspondia ao brilho do sol. Como o respingo da água batia em seus cabelos, molhava seus pés e sorria para mim da forma mais inocente possível. Porém de lembranças não podia viver mais, já havia passado a hora de esquecer. E infelizmente, hoje chovia. A cidade litorânea perdia seu sentido.
Me questiono por que estava chovendo?
Porque o ser humano faz promessas que não pode cumprir?
E por que quando nos apaixonamos teimamos em pensar que é destino?
Não adianta nada me perguntar. O buraco em meu peito não irá sumir, apenas se consumir na dor de não tê-la ao meu lado. De jamais poder tocar seu rosto e ver suas bochechas rosadas. E de jamais abraçá-la até dormir, ela sempre dizia que estava cansada com ternura. É, eram nossas noites.

As lágrimas não caem mais de meus olhos. As vezes estamos tão tristes que não temos mais como chorar. Mas ainda podia sentir o cheiro do verão, o cheiro dela impregnado em meu corpo. Fecho os olhos e digo adeus.
E em algum lugar ela estará me dando o seu sorriso mais honesto, o sorriso que eu mais amo. O sorriso preso ao verão ou um verão preso a um sorriso.



I cut my long baby hair. Stole me a dog-eared map. And called for you everywhere. (Flightless Bird, American Mouth - Iron & Wine)

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