sábado, 26 de fevereiro de 2011

Gravidade Zero

A estrada, eu percorro com os pés descalços
Estou aqui hoje
E deixo tudo amanhã
Minhas memórias vagam
As lágrimas diluíram minhas lembranças

Talvez, amanhã pela manhã
A chuva tingirá minhas roupas
E o sereno cobrira mais um dia
Ecoa os chamados do meu nome
Não consigo achar meu caminho para casa

Alguém cantara a sobre o sol para a lua
Mesmo com meus pés em brasa
A estrada me força continuar
A gravidade age sobre meu corpo
E me perco no caminho.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Mal entendido

Meu amor é de plástico. As vezes eu me recordo, vem uma nostalgia no peito. As vezes passa como se nunca tivesse existido. São muitos amores. Aqueles para os dias de chuva, outros para as estações quentes, ou para casar, ou de uma noite só, ou o platônico ou tão real que não parece amor. Infinitos amores. E eu vou me preenchendo com todos. Me preenchendo de amor e me esvaziando de mim. Ao ponto de deixar de existir para ser amor, e não ver que na verdade não tenho amor nenhum. E me torno tão falsa e suja, que quando beijam minha boca, o gosto da realidade me atinge e só engulo nas minhas entranhas a vontade de ser amada. Ou de conseguir amar.