quarta-feira, 9 de março de 2011

Promessa de Junho

Quanto mais eu desejo sua felicidade, mas egoísta me torno. A minha pele é crua. Meu anelar está vazio. Nossas juras escorreram dos meus dedos. E terminou por minhas pequenas mentiras, minha mudança de humor, o meu sorriso falso. Ainda não sei dizer. Minhas mãos estão vazias sem você. Minha pele arde em sua falta. A imagem da porta se trancando vai e volta no mar da minha mente, e as ondas se tornam dias iguais.
E eu imploro, sem voz, mais um dia. Minha pele se tornaria quente junto a sua. Não ouso perguntar. Seus olhos já entregam que isso não é real. Não mais. E ainda assim, desejo que fique, eu sempre desejei. E em você, eu sinto o suja dos meus sonhos. Por isso não está mais aqui. Sei, se meus sonhos fossem reais, outra pessoa estaria chorando. O caminho a sua porta é surdo, mudo e cego.
Ainda quero ser aquela que te salvaria, a de quem todos precisariam, mas tentei demais. E só tentei. Então, desejar a própria felicida não é egoísta. Ou é. Tempos em tempos, ainda estamos juntos. Nossas peles se tornam uma. E quando minhas lágrimas secam, ela começa a chorar. O chão sobre os nosso pés está sujo demais.
E começo a desejar a sua felicidade, quer seja a minha, quer seja a dela. E me torno ainda mais egoísta. Você nunca me prendeu. Não era preciso. Estou presa a meu próprio amor, a minha própria pele. Nem todos os desejos se tornam reais. Os dias passam, aprendo sobre ser gentil, e quero tocar sua pele mais uma vez. Só mais uma. Pois agora, sua pele que estará crua.

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