quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Mon Amour

Deixe-me cantar em francês, mon amour. Minha voz ecoa em lugar nenhum, apenas fora dos meus pensamentos, cantando nossas juras de amor que duraram um única noite. Não canto um Blues amargo, porque não corresponderiam as nossas falas sem sentido pela madrugada, mesmo com sua partida para as terras rodeadas de mar do nordeste. Prefiro cantar um pouco de Jazz e mexer meu corpo como fizemos na França.
Por isso, me aventuro em palavras, sem entedê-las direito. As luzes de Paris refletiam nos cachos dos meus cabelos e assim, eu podia seduzi-lo dentro de suas próprias mentiras. Pois, meu bem, sozinhos podíamos ser só pessoas, não ligaríamos para as palavras e canções alheias. Ficaríamos na nossa voz e violão.
E prometemos outras noites, mas ficamos apenas naquela. Não me arrependo, mesmo quando estou nos braços de tantos outros e não me parece certo. Canto, então, em francês, mon amour, não quero esquecer sobre nosso Jazz e Blues.

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