quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Mal entendido

Meu amor é de plástico. As vezes eu me recordo, vem uma nostalgia no peito. As vezes passa como se nunca tivesse existido. São muitos amores. Aqueles para os dias de chuva, outros para as estações quentes, ou para casar, ou de uma noite só, ou o platônico ou tão real que não parece amor. Infinitos amores. E eu vou me preenchendo com todos. Me preenchendo de amor e me esvaziando de mim. Ao ponto de deixar de existir para ser amor, e não ver que na verdade não tenho amor nenhum. E me torno tão falsa e suja, que quando beijam minha boca, o gosto da realidade me atinge e só engulo nas minhas entranhas a vontade de ser amada. Ou de conseguir amar.

5 comentários:

  1. De um peito desentendido de Amar grita o fluir do sangue nas veias frágeis, a deixarem escorrer em tudo o desmedido sentir,

    manchando e rasgando o plástico que embalava tudo na beleza da ordem.

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  2. Porra, Pitta! Até comentando você escreve melhor que eu.

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  3. Gostei do teu blog, minha cara, pois esse nome "Gabriela" já o amo. Lindo! Siga em frente, leia e escreva. Não queira ser politicamente correta, apenas seja você e a escrita surge... já surgiu! Viva! Abraços!

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  4. Encheu-se e se esvaziu de amor em poucas linhas.

    Cobiçou-o e o odiou na mesma proporção.


    Abraço

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  5. Seu "Mal entendido" requer cuidado para se comentar. É um texto cheio de sensibilidade, emoção; assim como o amor que exige emoção em suas várias faces.

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