Drummond, Vinícius, Cecília.
Música de amor no rádio.
E eu, clichê,
menina, menino,
poeta,
esquecidos,
Gozo, ferido.
*Texto que nasceu dos devaneios alheios de Vanny Araújo. Dedico.
terça-feira, 15 de novembro de 2011
terça-feira, 8 de novembro de 2011
Limbo
Meu amago, amago corroído
deseja
deseja
só deseja o lugar
que o sangue escorre dentro das tripas
e banha seus pés.
Deseja,
deseja poder se corroer com o ácido
de suas palavras
e se recriar em carne viva.
Meu amago, amago corroído
deseja o tiro,
o eco surdo do tiro,
o vazio do tiro
e deseja se engolir dentro de um vazio
vazio cada vez mais vazio.
Deseja,
só deseja um lugar
lugar este, Meu Deus,
que não seja condenado
por desejar beijar o asfalto.
que o sangue escorre dentro das tripas
e banha seus pés.
Deseja,
deseja poder se corroer com o ácido
de suas palavras
e se recriar em carne viva.
Meu amago, amago corroído
deseja o tiro,
o eco surdo do tiro,
o vazio do tiro
e deseja se engolir dentro de um vazio
vazio cada vez mais vazio.
Deseja,
só deseja um lugar
lugar este, Meu Deus,
que não seja condenado
por desejar beijar o asfalto.
domingo, 16 de outubro de 2011
Em baixo d'água o chá das seis
Mais cega do que poderia estar, só enxergava as bolhas, azul esverdeado do mar sobre mim e sobre todos os olhos que as bolhas das ondas poderiam ter. Provei um pouco do veneno e eu gostei, o amava, por não ter mais o que amar. Viciada em todos os venenos. Em baixo de toda aquela água com o sal que arde a pele, escuto aquilo premeditado, deveria estar surda, era o meu corpo caindo. Estava afundando tempos antes. Eu só queria roubar tudo que os outros tem e falta em mim, mas eles tem a falta. Alguém ainda acredita. Eu só queria ser salva, agora me apaixonava pelo veneno do mar também. Havia perdido a voz. Muitas vozes. Eu só amava tudo que tudo não era. O veneno se espalhava pelo meu corpo e eu amava cada vez mais.
domingo, 9 de outubro de 2011
Zurique Tropical
Beijos de bala, melancia.
Meus amores de domingo.
Vão e vil.
Só quero o que me falta,
mas sou por demais Dadaísta.
Meus amores de domingo.
Vão e vil.
Só quero o que me falta,
mas sou por demais Dadaísta.
sábado, 24 de setembro de 2011
Livro: Sangue Novo
Gostaria de publicar um agradecimento a todos que seguem, acompanham e gostam dos textos desse blog e ao mesmo divulgar o trabalho do livro Sangue Novo.
O meu objetivo com esse blog é divulgar um pouco da minha literatura e o livro Sangue Novo do Organizador José Inácio de Melo é uma coletânea de Poesias com 21 Poetas contemporâneos, me incluindo com dez textos meus. Então esse post vai para divulgar o trabalho de todos esses autores e incentivar a produção da literatura baiana e brasileira como um todo.
Aqui é o link do Blog do livro: http://sanguenovo21.blogspot.com/
No site há o perfil, entrevista e algumas poesias dos outros autores (incluindo seus blogs pessoais). Recomendo com carinho cada um deles.
Para adquirir o livro entre em contato com o email gabrielalvandrade@gmail.com
O livro tem o valor de 25 reais + frete e se morar em Salvador, é só combinar posteriormente.
Agradeço a todos pela oportunidade e por lerem meus textos!
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Sangre Novo
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Fissura

Minha mãe sempre dizia que meus únicos amigos eram os livros . Nem por isso fui estudioso ou fiz uma grande carreira. Minha mãe dizia que celular é o cigarro do meu tempo. Mal sabia do meu uso dos dois. Minha mãe me esperava chegar em casa de madrugada, passava as minhas camisas sociais e largava a novela para me deixar ver o jogo. Minha mãe morreu hoje de manhã. Eu estava fodendo uma prostituta. Minha mãe nem podia imaginar que eu sempre via seu rosto toda vez que gozava.
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Epifania
porque toda vez fico esperando sua voz antes de dormir para saber se você lembrou que ontem eu deixei o bolo de chocolate na geladeira e dormi vendo televisão e não perguntei se você preferia primeiro jantar ou tomar banho eu não terminei o capitulo do livro para ouvir você reclamar do trabalho nas madrugadas de quinta feira e como tantas vezes me faço desaparecer para você surgir e ver se me encontra com uma notícia boa ou para dividir o bolo fico esperando um bilhete uma carta um telefonema com sua voz lembrando a mim mesma de existir e cada dia vou me espreitando em busca das migalhas de amor em sua voz rouca e em suas mãos cheia de calos sobre a minha pele procuro migalhas nesse vazio infinitas vezes infinito migalhas de vazio para que me perca vazia nesse amor de amor
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