terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Aquele ou apenas dia

Um passo, apenas um de decidir-se entre o nada de ficar e nada de seguir adiante. De frente a uma avenida de asfalto negro, fervendo dos carros que passam tão rápido quanto balas e reluzem nos brilhos da cidade, que deixam um vácuo que deslaça o equilíbrio.
E ali, naquele ponto, não sabe se deve atravessar por todos aqueles obstáculos, as quatro faixas por tantos carros a mil por hora, para chegar a um outro lado, outro impossível de denoninar ou distinguir, só outro. Ou se vê seguindo em frente, pelo passeio comido dos passos de vários eu que perpassam. Soa tão sem sentido.
Meio caminho da escolha, não há bonito ou feio, ela ou ele já estará lá, ou ficou, ou foi, ou vai voltar ou apenas vai. Divaga-se em Dadaísmo, em paradoxos e fantasma, daquele segundo eterno de não saber se o corpo pensa, sente ou ama.

Um comentário:

  1. Gostei disso, moça. Ah, como você nunca me respondeu (acho que não viu meu comentário anterior), então resolvi dar sinal de vida de novo... Gosto das incertezas intencionais(?) que seus textos me causam.

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