sexta-feira, 14 de maio de 2010

Polly

As luzes do parque escondem vários segredos. E ela só mais um. Sentada em uma xícara em rodopios contínuos, até que o mundo lá fora se tornasse apenas berrões.
Com a ilusão dos pequenos focos neon, podia sentir o cheiro do chá de boldo que sua mãe preparava ou aquele café dividido com um filósofo. Eram tempos passados e queria se recriar. Girava do lado contrário do mundo e as ideias de como metamorfosear surgiam. Queria colocar tudo para fora, se tornar egoísta e não ver ninguém.
O sinal tocou. A xícara parou junto com a ebulição de ideias. Quase vomitou tudo para fora, mas só conseguiu deixar um bolo em sua garganta.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Minhas doces mentiras

























Um nó de cabelo jamais desembaraçado,
que embola em ramos, em mais nós.

Ou se arranca com a tesoura
ou esconde sua feiúra.

Pois já não se consegue desfazer os nós.